Você já recebeu um feedback que não concordou, ou que não soube como reagir? Aliás, você acha que sabe dar bons feedbacks?

Falar sobre o trabalho dos outros pode ser difícil. E ouvir críticas sobre o próprio trabalho também pode ser. Mesmo que a gente ache que tudo fique “no profissional”, nós inevitavelmente nos envolvemos emocionalmente com o que produzimos e com os resultados que entregamos (e até com os que não entregamos!) E aí, quando vem o outro e julga criteriosamente o que a gente faz, podemos não nos sentir à vontade.

Do outro lado também não é diferente: não é moleza chegar na frente de outra pessoa e apontar os erros de tudo isso em que ela está tão envolvida diariamente, que é seu trabalho.

Pra piorar a coisa: a gente não aprendeu na nossa educação formal a como criticar com qualidade, respeitando a experiência pessoal da outra pessoa, considerando quem ela é, o que ela está sentindo ou precisando naquele momento.

Felizmente, com a CNV nós podemos enxergar caminhos possíveis para lidar com a experiência da crítica, tanto quando somos quem a recebe, quanto quem a faz. Pra te ajudar a entender na prática sobre como fazer isso pelas lentes da CNV, trouxemos um exemplo de um feedback que um chefe deu para uma funcionária. Olha só:

E aí, o que você acha? Desse jeito que ele passou o feedback, será que a funcionária vai conseguir se sentir à vontade pra falar sobre o que aconteceu? Será que ficou claro pra ela quais eram as expectativas do chefe?

Vamos analisar:

Percebe que esse feedback contém várias interpretações e suposições sobre a outra pessoa? Isso geralmente não ajuda a ir direto ao problema e nem a resolvê-lo, porque aumenta a resistência da pessoa em escutar quem está fazendo a crítica. Então, o que dá pra esse chefe falar pra essa funcionária?

Aqui vai uma sugestão:

O que você acha dessa sugestão? Olha só o que tem por trás desse novo feedback:
Aqui nesse exemplo, é importante pensar que o chefe não necessariamente precisaria falar tudo isso de uma vez, mas sim, oferecer espaço entre as perguntas para que ela falasse sobre si também.

Falando desse jeito, ele se atenta aos fatos e não às interpretações dele, trazendo a questão central para a conversa e também uma proposta de mudança.

Então, pra resumir, dar ou receber feedbacks se trata de se ater aos fatos, considerando os sentimentos e necessidades que são seus, da pessoa, e até do coletivo. Trata-se de abrir um espaço apropriado para quem está envolvido poder falar com abertura. Afinal de contas, tudo o que a gente quer é conseguir trabalhar e entregar melhor juntos.

Se você gostou desse conteúdo sobre feedback, então você vai adorar o nosso e-book gratuito “Como lidar com diálogos desafiadores no trabalho?” 

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